sábado, 2 de junho de 2007

Familia - Apresentação - Pe. Valdery


APRESENTAÇÃO


Li e gostei. Pediu-me a autora que lesse o seu livro e, se gostasse, fizesse a apresentação dele, pois ia editá-lo até como um preito de gratidão para os seus pais, já falecidos.
Lamento não ter iniciado a leitura pelas ultimas páginas, quando Maria Lúcia anexa poesias suas, criadas algumas quando ainda era adolescente, outras já plena de juventude. Se o tivesse feito não teria eu estado o tempo todo me perguntando se este ensaio literário seria um texto em prosa ou seria mesmo, ele todo, uma poesia!
Maria Lúcia Santos, professora, escreveu cada página com alma de poeta. Mesmo narrando cenas e fatos do dia-a-dia, não esconde sentimentos, afetos, emoções, angústias e dores vividas
No coração.
O tema é a família. Fala do aconchego familiar, vivido Poe ela como filha, como irmã, como esposa, como mãe. Num mundo com tantas famílias dilaceradas pelo desafeto entre pais e filhos, entre esposos, entre irmãos, bem que esta obra da literatura chega em boa hora,
A autora, com este escrito que agora vem a publicar, qual semente que não morre, planta nos seus leitores a riqueza dos valores cristãos que podemos colher numa convivência familiar bem vivida.
Maria Lúcia fala da família que deu certo. E conta em prosa poética o amor de seu pai, qual menestrel apaixonado, para com sua mãe; o respeito e admiração que o esposo guardou para com aquela com quem, na harmonia, conviveu 59 anos, e pra quem gerou filhos e filhas, netos e bisnetos, em farta quantidade; fala da fé em Deus como sendo o melhor patrimônio que devemos zelar se buscamos ser felizes na vida.
Na cidade grande, bem distante das suas origens campesianas e do conforto da presença dos familiares, lembra, e com reconhecida emoção, os momentos de graça vividos. Agradecida, recorda, em detalhes, um deles, um milagre quase, em que Deus lhe restituiu a vida. E a transformou.
Um conselho de quem já teve a experiência: comece o leitor a ler pelas ultimas páginas, as das poesias da autora adolescente. Ao terminar de saboreá-las, volte às páginas e leia em prosa este doce poema sobre a família – sementes que não morrem.

Cruz, 6 de dezembro de 2011
(no meu 47º aniversário de ordenação sacerdotal)
Pe. Manoel Valdery da Rocha.

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